António Benedito Afonso de Eça de Queiroz, nasceu em 1952 na Praia da Granja. É casado, tem 57 anos, vive no Porto e é bisneto de José Maria Eça de Queiroz, a referência maior da literatura portuguesa. Foi em plena Alameda Eça de Queiroz, na cidade tripeira, que fomos encontrar o escritor, um conhecedor nato da cultura e, acima de tudo, um homem simples, sem preconceitos para falar do que lhe vai na alma mas também com uma simpatia que o destacou na esplanada em que se desenrolou a entrevista. Num ambiente descontraído, entre as camélias que José Maria Eça de Queiroz tanto adorava, também o António fez questão de lhes cheirar o perfume, contemplar a sua beleza e partilhar saberes e sentimentos.
Mas importa traçar alguns aspectos do seu percurso. António Eça de Queiroz viajou para Angola para o fim da Guerra Colonial e o início da guerra civil na antiga possessão ultramarina. Regressou a Portugal a 22 de Agosto de 1975, lançou-se pelos caminhos do conhecimento da Europa e, em 1982, teve a sua primeira experiência no jornalismo no já extinto “O Comércio do Porto”.
De 1989 a 2007 foi jornalista no semanário Expresso nas áreas de Economia, Sociedade, Cultura e Lazer. Como o jornalismo lhe “corre nas veias” também desenvolveu colaborações pontuais com o “Metro”, um guia urbano do Porto, fundado pelos irmãos Paulo e Nuno Abrunhosa que marcou com irreverência uma determinada época dos anos 80, o periódico “O Tripeiro” e a “Revista de Portugal”, da Confraria Queirosiana.
Em 2010, António Eça de Queiroz lança o seu primeiro romance: “O Romance Ilegal do Senhor Rodolfo”. No entanto, legou-nos uma garantia. O bisneto de Eça de Queiroz, na entrevista exclusiva que concedeu ao NOTÍCIAS DE COLMEIAS, deixa-nos a promessa de que no futuro não quer parar de escrever. O Santo António é a inspiração da sua mais recente criação literária. O país agradece.
(Edição 126, páginas 6 à 11)
Entrevista: Joaquim Santos
Fotografia: Cláudio Ribeiro
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